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18 de out. de 2010

A Despedida...

Então com o término do West Beer e o retorno do Cidade Oculta, nossa situação financeira foi de um extremo ao outro em questão de dias, apesar do Cidade estar montado era um recomeço do zero. Nessas alturas meu problema de saúde tinha se agravado bastante, eu já tinha perdido bastante peso, era uma dor intensa, e eu vivia de um hospital para o outro, eu sentia uma inquietude, precisava me achar dentro de mim mesma para não sucumbir de desespero, precisava me curar tanto fisicamente como emocionalmente, precisava ir atrás de minha essência, e só o mundo me daria isso.
Foi então que eu amadureci de vez a idéia da separação, eu queria ir pra perto de minha mãe, porque só ela poderia cuidar de mim, só ela poderia me dar o que eu precisava naquele momento, e queria andar, andar, andar... (mas não queria uma data pra voltar)
Aquele foi um dia terrível em minha vida, comunicada a decisão ao seu pai, Ele aceitou por não ter muita opção naquele momento (eu iria de qualquer forma), ele me disse que tudo bem, mas que não se separaria de mim de fato, que ele sabia que um dia eu voltaria e que não queria se casar de novo, porque a roupa do casamento era muito incômoda (risos).
Eu fui filho: Ah, aquela despedida foi tão triste... (mas eu não desisti)
Cheguei na casa de sua avó sem forças pra nada, Exames, Salvador, Hospital e graças a Deus, a recuparação foi bem mais rápida do que imaginávamos, e o tempo foi passando.. ( eu andei, andei, andei...)
Até que eu comecei a sentir falta de casa,lá todos me tratavam da melhor forma possível (onde eu passei foi dessa forma) mas eu já tinha encontrado respostas pra todas as minhas perguntas, já tinha me curado, aquele mundo já não era meu, eu já tinha fincado raízes aqui, tinha meus amigos, meu trabalho, minha casa, meus animais, seu pai..., novamente a inquietude, eu queria voltar!
Decisão tomada, o retorno e a alegria do seu pai, o recomeço...
Voltar a minha casa foi a segunda melhor coisa que aconteceu em minha vida (a primeira foi seu nascimento), o retorno ao meu lar, minhas artes, meus animais, meus amigos, seu pai...
Voltando um pouco: Durante esse tempo na Bahia, percebi quantas crianças são dadas pra adoção consensual (processo bem mais fácil e rápido,onde os pais biológicos apontam a pessoa que querem doar), voltei com a decisão tomada e totalmente amadurecida, você já existia dentro da minha cabeça, eu tinha dois aliados: Minha mãe, e o Juíz da Vara da Infância e da Juventude de minha cidade na Bahia, eu sabia que retornaria logo...

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