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3 de nov. de 2010

Clarice Lispector...

Algumas das  frases que seu pai repetia dependendo da ocasião:

Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida.

Passei a vida tentando corrigir os erros que cometi na minha ânsia de acertar.

Porque há o direito ao grito.
então eu grito.

"a única verdade é que vivo.
Sinceramente, eu vivo.
Quem sou?
Bem, isso já é demais...."

O amor é tão mais fatal do que eu havia pensado, o amor é tão mais inerente quanto a própria carência, e nós somos garantidos por uma necessidade que se renovará continuamente. O amor já está, está sempre. Falta apenas o golpe da graça - que se chama paixão.

Escuta: eu te deixo ser, deixa-me ser então

E se me achar esquisito, respeite também, até eu fui obrigado a me respeitar... (Clarice Lispector)

São tantas frases que ele gostava filho, em cada situação era uma diferente...


3 comentários:

Carla Martins disse...

Soninha, sabe qual é a dor mais gritante q temos: a dor de saber q os nossos filhos não terão akela cumplicidade q pai e filho (e só os dois)tem. A nossa dor é de não ter akele q nos era o porto seguro, mas a dor q temos por eles, é mais dolorida. No meu caso a dor de o Du ter perdido um pai q seria um paizão. Dele não ter curtido momentos q seriam deles, dele ter perdido um sentimento q seria unico e jamais, ira ser substituido,e nem ao menos eu poderei dar pra ele. A dor q mais dói é de meu filho não ter tido tempo de ter a sintonia q pai e filho tem. E isso ninguem dará pra ele.

Sônia Cristina disse...

Disse tudo Carla:
Eu sempre falei, que minha dor maior não é ter perdido o Beto, e sim meu filho ter perdido o pai, isso é de matar, mais pra frente falarei disso.
Dentre todas as situações nesse sentido vividas nesse tempo, teve uma agora no dia dos pais desse ano.
Estávamos eu e ele no MC Donald's, e só tinha pais com crianças, ele olhava um por um e apertava os dois brinquedinhos no peito (eu também como MC Lanche Feliz), eu fingia que não via, mas nessas alturas já estava com um nó na garganta lutando contra as lágrimas que teimavam em cair, ele mesmo tomou a decisão de vir embora, eu perguntei se ele queria falar ele disse que não...
Talvéz algum dia Carlinha, possamos encontrar alguém que nos ame de forma diferente, mas talvéz com a mesma intensidade, mas pai??? Santhiago, Eduardo, Guilherme, Arthur....nunca mais vão ter, NUNCA MAIS!

Catiaho Reflexod'Alma disse...

São lindas frases.
Quase todas são meu lema no dia a dia.
Mas amo Clarice pela mulher só que ela foi, pelo amor que tinha por seus filhos, por seu povo.
Pelo escrita ela tinha outra
coisa...
um tipo de desapego
de distanciamento de si mesma mas um elo com a vida.
Bjins entre sonhos e delírios