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12 de dez. de 2010

O Primeiro Ano...

E a Vida foi seguindo filho:
Nós erámos muito felizes (apesar dos contratempos), tinhámos você, você tinha a nós e tinhámos seus irmãos de quatro patas, nessa ocasião resolvi parar definitivamente com as aulas de artesanato, casa, filhos, marido, absorvia todo o meu tempo, seu pai totalmente  participativo em absolutamente tudo. Ia a Feira escolher as frutas e e legumes que você comia, escolhia a marca da fraldas, roupas, te levava sozinho ao pediatra, e todos os domingos era sagrado o passeio a tarde (Sesc, Parques, até no Fast Food famosão teu pai já te levava), ele queria te mostrar pro mundo, ele queria que o mundo soubesse que ele era pai de uma criança linda, feliz, inteligente e saudável, ele se desdobrava:  Feiras, Cidade Oculta, nós...
Aos sete meses uma grande surpresa:
Um dia você estava sentado no chão, e de repente se apoia na parede e dá os primeiros passos, e desde esse dia não parou mais de andar, por alguns meses passos incertos e cambalentes, (fase difícil filho, você não tinha idade nem pra engatinhar, aliás pulou essa fase, mas já andava) não era possível te deixar um segundo sem a nossa proteção, pois queria correr, descobrir o mundo que te aguardava futuramente.
Aos nove meses um grande susto:
Você andando e correndo, por um descuido nosso (ou não)  cai, bate a cabeça: Desespero, medo, pavor, incerteza mas graças a Deus, só o susto, a bronca do médido (que ouvi calada) e o alerta de Deus.
Nessa ocasião, seu pai  e mais dois artistras brasileiros foram convidados a irem a Alemanha por uma grande revista de lá, expor seus trabalhos em uma galeria, era uma oportunidade imperdível (dessas que só se tem uma vez na vida), passamos uma noite inteira conversando a respeito, evidente que na minha opinião ele deveria ir sem medo, sem culpas, eu daria conta aqui de ti, dos animais e de mim mesma, mas a decisão final era dele.
Ele decidiu por não ir, disse que não queria se separar de ti por nenhum dia, que cada dia era único, que as mudanças eram constantes, e que ele já estava feliz vendendo seus trabalhos para alguns Países, eu fiquei triste, mas aceitei e respeitei a sua decisão, ele estava absolutamente convencido (mal eu sabia que ele estava totalmente certo)...

Foto da matéria feita para a revista:


4 comentários:

lolipop disse...

Seu filho vai-se orgulhar um dia desta história que vc vai tecendo para ele. Uma narrativa em que a dor e a alegria se misturam, que vc escreve chorando mas também sorrindo, embora o sorriso seja triste. A cada post, me convenço de que essa homenagem é mais do que justa e merecida.
Carinhos grandes...

Regina Laura disse...

Oi Sonia, adorei sua visita!
Que decisão bonita essa de ficar ao lado do filho.
São momentos preciosos que não se pode perder...
Faço coro com a lolipop: seu filho vai se orgulhar muito de ver toda essa história de amor narrada de coração para coração.
Sim, porque você nos toca a cada palavra.
Beijo grande querida

Lupo disse...

Cada segundo é único! Um século não pode substituir um único segundo perdido.

Bjo na alma Sonia!

Sônia Cristina disse...

Eu jé não sei mais como agradecer a vocês, por isso vou agradecer a Deus por tê-los aqui...
Obrigada Deus.